Efes Os
DISCURSO
PRONUNCIADO
Na sessáo de 8 de outubro de 1923
O Sr. Lopes Goncqalves — Sr. Presidente, devo, antes de
tudo, invocar um proverbio arabe, lraduzido para a bellissima
lingua franceza: “Le jour claire éclaire, le jour sombre assom-
brit.” Foi por isso que pedi, ao comecar esta palestra com os
meus collegas, que se fizesse luz no recinto, porque o dia claro
esclarece, o dia sombrio produz trevas.
Ai minha reconhecida deficiencia de expressáo, pela pala-
vra, a escassez da eloquencia, a ignorancia do vernaculo, o
modesto e limitado vocabulario, que tenho adquirido e que
emprego com a maior timidez, receioso dos puzxdes de orelha,
com a sobrecarga do meu acanhado temperamento , vem con-
correndo, além de oufras cireumstancias, para abusar da be-
nevolencia do Senado, da paciencia e generosidade dos meus
illustres collegas. (Náo apotados.
E? que, Sr. Presidente, apesar dos meus esforcos, ainda
me náo foi possivel iniciar a leitura do brilhante e (por que
náo dizer ?) patriolico memorial apresentado ao Exmo. Sr.
Presidente da Republica por D. Pedro Eggerarth, archi-
prior do Mosteiro de $5. Bento, superior dos Benedictinos no
Brasil e titular da Prelazia do Rio Branco no Estado do Ama-
Zonas. Sim, por que náo dizer patriotico? Por que náo quali-
licar de patriotico esse importante documento, photographia
tomada por seu autor, ¿n loco, da opulenta, cubicada, incom-
paravel e abandonada regio do septentriáo brasileiro e que,
por esse motivo, náo é, náo representa, uma eópia do que