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PELO MUNDO...
M-
UMA FABULA DO ORIENTE #|
EXPLICAÇÃO RACIONAL *=
Estava um certo sultão, uma boa manhã, dando
audiencia, quando o grão-vizir entrou e, avan
çando até ao primeiro degrau do throno, ahi se
prostrou de joelhos.
“Levante-se, vizir, = disse o sultão, bondosa
mente, — diga-me porque vem tão pallido ? e por
que treme assim ? ”
“Ah ! Senhor I respondeu o vizir,——ali, n’aquelle
canto, por de- ,, ,,
traz do tran- -? 4. ^
sparente de
marfim, está
de pé o Anjo
da Morte. Ha
muito tempo
que ali está,
sem despre
gar de cima
de mim o seu
olhar terrível.
O vizir es
tendeu os bra
ços, contor
cendo as
mãos.
“Senhor, eu
não desejo
morrer, —
disse elle : —
Senhor, conce
de permissão
ao teu escravo
para que se
recolha a
Smyrna. Ali,
pôde bem ser,
que eu escape
aos olhares
d’aquelle te
meroso visi
tante.
O sultão
comum gesto,
concedeu ao
vizir o seu de
sejo, e o po
bre hom em
sahiu com a
maior pressa
afim de fazer
os seus prepa
rativos devia-
gem. Depois
o sultão cha
mou o Anjo
á sua presen
ça e pergun-
tou-lhe :
“E’s tu, em verdade, o Anjo da Morte?
f ‘Sou, — respondeu o outro indiferentemente.
O sultão meneou a cabeça. E depois disse com
gravidade :
“Para que estavas olhando com tão extranha
persistencia para o meu vizir ?
“Porque estava admirado,— respondeu o Anjo,
^de o encontrar aqui, e do que elle se estava
demorando, porque recebi ordem para o matar em
Smyrna.
—Porque se diz “um forte” e “uma forta
leza”? Que differença existe entre uma cousa e
outra ?
—Que differença ? E’ que a fortaleza é femi
nina, e mais difficil de reduzir ao silencio.
Será verdade ?
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s=
=3 Casos semelhantes... g
A veranista (viuvinha, disposta a dar cabo de mais um desgraçado que lhe caia nas
garras)—O Senhor tem uns filhos encantadores. ■ ■
O fazendeiro rico (meio desconfiado)—Sim... a nossa Maria, cozinheira, costuma
dizer o mesmo das gallinhas, quando as quer matar. ■■
Um jornal francez dava, ha tempos, uma noticia,
que nos deixou perplexos. A noticia era intitu
lada : Nada é novo debaixo do sol, e dizia :
“Muita gente tem julgado, até agora, que
as exposições eram uma invenção recente.
Pois não é exacto.
“Em 1214, houve em Paris uma expo
sição internacio-
nal de vinhos.
A Grecia, a Hes-
panha, Portugal,
França e Italia,
enviaram amos
tras dos seus
melhores vi
nhos, e estes fo
ram provados,
durante dois me-
zes, por um jury,
do qual o rei
Filippe Augusto
era presidente.
“Foi declara
do superior a
todos o vinho de
Chypre, o
qual recebeu
o cognome de
papa dos vi
nhos. O Ma
laga recebeu
o cognome de
cardeal.
“O rel-pre-
sidente desi
gnou, depois,
entre esses
vinhos, tres
reis, cinco
condes e doze
pares.
“Esta expo
sição foi muito
afamada e
muito concor
rida.”
Isto cheira
a blague.
Ú M
A côr das
garrafas in-
flue muito na conservação do liquido que con-
teem. Verificou-se que muitos licores, conser
vados em garrafas brancas, adquirem em pouco
tempo mau gosto e perdem em qualidade, em-
tanto que os licores conservados em garrafas
verdes ou pretas permanecem incólumes, mesmo
quando estão expostas á luz do sol. Devem empre
gar-se, portanto, garrafas de côr encarnada, ala
ranjada, amarella, verde ou preta, e evitar as
de côr branca, azul e rôxa.
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