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PELO MUNDO...
extincto, porque multíplice, polyforme, era a
sua personalidade. Como jurista, philologo,
orador, jornalista, diplomata, escriptor, admi
nistrador e político, em qúalquer das suas
multíplices manifestações, Ruy Barbosa surgiu
sempre com superior relevo, influindo larga
mente em nossa formação intellectual, espe
cialmente jurídica, e em nossos destinos poli-
ticos.
Jornalista, nas luctas da imprensa conquis
tou os melhores títulos de gloria, pondo sempre
a sua mentalidade de excepção, a sua Índole
combativa, a sua energia, aos serviços de
causas nobres e elevadas.
Ainda académico, em S. Paulo, já militava
no jornalismo. Mais tarde, após um estagio no
«Diario da Bahia», veio para o Rio, onde o seu
labor culminou em
intensidade e bri
lho. Ao lado de
José do Patrocinio
e de Joaquim Na-
buco, sob os pseu-
donymos de «Sa-
lisbury», «Svvift» e
« Lincoln», empe-
nhou-se em gran
des polemicas po
líticas, quer baten-
do-se pela abolição
da escravatura,
quer prégando as
idéas republicanas.
Sua penna foi en
tão uma clave po
derosa, que abalou
o throno de Pedro
II. Em 1889, fez
parte do «Diario de
Noticias», onde lu-
ctou não só pela
quéda do imperio,
e consequente ad
vento da Republica,
mas também nela federação das antigas pro
vincias. Em 1893, feitas as devidas transforma
ções políticas, assumiu a direcção do «Jornal
do Brasil». Mas a phase culminante da sua
vida jornalística verificou-se na «Imprensa»,
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Na Estação da Praia Formosa: a chegada do corpo.
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o cortejo funerario ao desfilar pela Avenida do Mangue.