Full text: 2.1923=Nr. 8 (1923000208)

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PELO MUNDO... 
pelo mais moderno e popular dos espectá 
culos o saberão apreciar. 
Em primeiro logar, bom é lembrar que 
o publico é que regula, isto é, o publico 
é que é a pedra de toque para o genero 
de films a manufacturar. Se acceita, se 
mostra interesse pelos dramas históricos, 
por exemplo, as casas editoras dão a esse 
genero preferencia, sob qualquer outro. 
Do mesmo modo procedem, se a predile 
cção do espectador se manifesta pelo 
film comico, pelo drama folhetimnesco ou 
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O 
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K) 
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fia 
desceu ao fundo do repositorio, onde os 
poucos tranquillizadores reptis estavam e 
a scena se filmou — diz o ensaiador — 
sem que occorresse o menor accidente la 
mentável . 
Em outro film, também passado ha pou 
co pelos cinemas do Rio, “A Noite de Sab- 
bado”, ha urna scena tão sensacional, 
que o espectador mais estoico tem de ad- 
mittir forçosamente que os actos de valor 
no cinema chegaram ao limite e que não 
6 nada do outro mundo, em consequência, 
Um medi 
co, abrindo 
a porta do 
seu c o nsul- 
torio, per 
gunta para 
os que estão 
na sala de 
espera: 
- Quera 
está primei 
ro ? 
— E u , — 
responde 
prompta- 
mente o al 
faiate que 
já lhe trouxe 
o seu fato 
novo, ha cin 
co semanas. 
* * 
Quanto 
mais myste- 
r i o s o é o 
amor, mais 
força tem; 
quanto mais 
secreto, 
maior é ; 
quanto mais 
occulto, mais 
se mostra.— 
M a d ame de 
Sartory. 
0 “Bailado 
do leque’ 
A dama ja . 
poneza-Miss 
Ruth Vialor. 
r 
ã 
Ella .-—Ju 
lio, ha seis 
m e z e s que 
somos casa 
dos, e agora 
já conheço 
que me não 
amas. 
J ulio : — 
Mas, minha 
querida! Eu... 
Ella:—Oh! 
não te can 
ses a ne- 
gal-o, que é 
inteiramente 
escusado pa 
ra mim. De 
vias ter ca 
sa d o com 
uma mulher 
mais estúpi 
da do que eu, 
se quizesses 
convencei-a 
de semelhan 
te cousa. 
/ ulio ( u m 
pouco m o r- 
daz) : — En 
tão, minha 
querida, a 
culpa não 
foi minha. 
Não a en 
contrei. 
* * 
O que por 
ti puderes 
fazer nunca 
incumbas a 
procurador. 
■de aventuras. No cinema, como em todas 
as coisas, o publico é quem paga, e, por 
tanto, quem manda. Os ensaiadores pro 
curam já, pôr o maior caudal de verismo 
nos films que dirigem. No que ha bem 
pouco passou no Rio, sob o titulo «A 
Porta do Paraíso», havia uma scena em 
que o actor Conrad Nagel estava no fundo 
de uma cisterna ou poço, não sabemos 
bem o que era — rodeado de ferozes cro 
codilos. A fabrica productora do film des- 
.afiou, a quem quer que fosse, que lhe con 
testasse a veracidade da scena. O actor 
m. 
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n 
que as companhias ae seguros se neguem 
a segurar a vida dos interpretes dos 
films. 
Na scena em questão, o facto sensacio 
nal consiste em que um dos interpretes 
sustêm com uma das mãos uma moça 
desmaiada, emquanto que, com a outra, 
está agarrado a um dormente da linha 
ferrea da ponte sobre a qu'al, nesse mo 
mento um trem corre em disparada, pon 
te de altura respeitável. O actor era Jaek 
Motver e a actriz Leatrice Joy, ambos 
bem conhecidos do publico brasileiro.
	        
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