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PELO MUNDO...
pelo mais moderno e popular dos espectá
culos o saberão apreciar.
Em primeiro logar, bom é lembrar que
o publico é que regula, isto é, o publico
é que é a pedra de toque para o genero
de films a manufacturar. Se acceita, se
mostra interesse pelos dramas históricos,
por exemplo, as casas editoras dão a esse
genero preferencia, sob qualquer outro.
Do mesmo modo procedem, se a predile
cção do espectador se manifesta pelo
film comico, pelo drama folhetimnesco ou
B»
ti)
ra
o
CE)
O
B)
B)
K)
B)
C
fia
desceu ao fundo do repositorio, onde os
poucos tranquillizadores reptis estavam e
a scena se filmou — diz o ensaiador —
sem que occorresse o menor accidente la
mentável .
Em outro film, também passado ha pou
co pelos cinemas do Rio, “A Noite de Sab-
bado”, ha urna scena tão sensacional,
que o espectador mais estoico tem de ad-
mittir forçosamente que os actos de valor
no cinema chegaram ao limite e que não
6 nada do outro mundo, em consequência,
Um medi
co, abrindo
a porta do
seu c o nsul-
torio, per
gunta para
os que estão
na sala de
espera:
- Quera
está primei
ro ?
— E u , —
responde
prompta-
mente o al
faiate que
já lhe trouxe
o seu fato
novo, ha cin
co semanas.
* *
Quanto
mais myste-
r i o s o é o
amor, mais
força tem;
quanto mais
secreto,
maior é ;
quanto mais
occulto, mais
se mostra.—
M a d ame de
Sartory.
0 “Bailado
do leque’
A dama ja .
poneza-Miss
Ruth Vialor.
r
ã
Ella .-—Ju
lio, ha seis
m e z e s que
somos casa
dos, e agora
já conheço
que me não
amas.
J ulio : —
Mas, minha
querida! Eu...
Ella:—Oh!
não te can
ses a ne-
gal-o, que é
inteiramente
escusado pa
ra mim. De
vias ter ca
sa d o com
uma mulher
mais estúpi
da do que eu,
se quizesses
convencei-a
de semelhan
te cousa.
/ ulio ( u m
pouco m o r-
daz) : — En
tão, minha
querida, a
culpa não
foi minha.
Não a en
contrei.
* *
O que por
ti puderes
fazer nunca
incumbas a
procurador.
■de aventuras. No cinema, como em todas
as coisas, o publico é quem paga, e, por
tanto, quem manda. Os ensaiadores pro
curam já, pôr o maior caudal de verismo
nos films que dirigem. No que ha bem
pouco passou no Rio, sob o titulo «A
Porta do Paraíso», havia uma scena em
que o actor Conrad Nagel estava no fundo
de uma cisterna ou poço, não sabemos
bem o que era — rodeado de ferozes cro
codilos. A fabrica productora do film des-
.afiou, a quem quer que fosse, que lhe con
testasse a veracidade da scena. O actor
m.
üe?
a
0)
B)
CE)
CE)
n
que as companhias ae seguros se neguem
a segurar a vida dos interpretes dos
films.
Na scena em questão, o facto sensacio
nal consiste em que um dos interpretes
sustêm com uma das mãos uma moça
desmaiada, emquanto que, com a outra,
está agarrado a um dormente da linha
ferrea da ponte sobre a qu'al, nesse mo
mento um trem corre em disparada, pon
te de altura respeitável. O actor era Jaek
Motver e a actriz Leatrice Joy, ambos
bem conhecidos do publico brasileiro.