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PELO MUNDO...
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O esporo mullo augmentado com as cel-
lulas de ovos na parte superior e os or-
gãos masculinos na parte inferior-
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:
Da união de ambos os orgãos
nasce a nova samambaia ■
Orgão feminino, atlrahindo as
espiraes — orgão masculino —
para a fecundação ■
O que acontece com essa planta -tão hu
milde dos morros, a modesta samambaia,
acontece com tudo na creação, e devemos
considerar como admiração aos pequenos, jus
tamente porque são pequenos, porcjue assim
como não ha um todo sem detalhes, não
existe nada grande que nãd tenha a sua
origem ho pequeno, tanto no reino da Na
tureza como na esphera do pensamento.
Estimular, acolher uma idea, vale algu
mas vezes tanto como favorecer a mais in-
iníima semente de uma planta.
Dahi o dizer-se que não ha nada grande
nem pequeno no réino do Senhor.
0 arseniato de chumbo e a cultura da videira
Todos sabem o uso que se faz do arse
niato de chumbo no tratamento das videiras.
Investigou-se a quantidade de arseniato que
subsistia nos cachos depois de um ou dois
tratamentos desse insecticida, e qual pro
porção se encontrava no vinho.
Num campo de experiencia colheram-se,
com um intervallo de dez dias, cachos de
uva que haviam soffrido previamente duas
pulverisações de caldo de arseniato de chum
bo. Este caldo havia sido emprgado na ra
zão de um hectolitro para cem cepas, e
continha umas seiscentas grammas de arse
niato por hectolitro.
Se no dia da pulverisação se escolherem
dez cachos, observa-se que a quantidade de
arseniato contida chega a 14 milligrammas.
Em selecções successivas nota-se que esta
quantidade diminue de um modo progres
sivo no correr da vegetação; porém tres se
manas ou um mez antes da colheita, acha-
se cerca de uns 29 milligrammas de arse
niato de chumbo em cada cacho, o que pro
duz por kilo de uva mais ou menos 68
milligrammas.
Tudo faz crer que na própria occasião da
colheita, os cachos de uva devem conter ve
neno.
Ao contrario, apressamo-nos a affirmar em
conclusão, que no vinho, entretanto, nunca se
achou o mais leve vestigio de arseniato de
chumbo.
Mysterios do cerebro
Em geral a creança, durante os seis pri
meiros mezes de sua vida, é funbidextra, e usa
indistinctamente ambas as mãos em certo nu
mero de movimentos. Observ'a-se, comtudo,
urna tendencia para usar a mão direita, pro
vavelmente herdada, porque com o adiantar
de seu desenvolvimento, a maioria se serve
da mão direita.
O centro cerebral que rege os movimentos
dos membros acha-se numa linha que se in
clina até em baixo e até â frente, partindo
do alto cráneo; E’ coisa correntemente accei-
ta que o emprego da mão direita desenvolve
0 lado esquerdo do cerebro e vice-versa, e
neste sentido, a questão de ser-se ou não se
ser ambidextro depende dos centros regula
dores do cerebro.
•Junto ao centro do movimento do lado
direito, na parte mais baixa do cerebro está
o centro da fala. Suppõe-se que um homem
no qual predomina a mão direita, desenvolve
vigorosamente o seu centro de movimento
esquerdo e esse facto determina um centro
de fala ao lado.
Sabe-se que as pessoas dextras têm um
centro de fala no cerebro esquerdo, e as
pessoas esquerdas possuem um centro idêntico
na posição correspondente do cerebro di
reito.
Dada a certeza que temos um só centro
para a direcção dos movimentos, deve-se de-
prehender que se nasce dextro ou esquerdo,
em geral o primeiro.