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PELO MUNDO...
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Então, Svharam despiu-ae, subiu a um rochedo, e lançou-se ao mar com os olios fechados.
Svharam apostrophou-a duramente,
acabando por exigir-lhe que confessasse a
verdade do que vira, crendo que ella se
manifestaria favoravelmente.
A pobre prineeza respondeu, tremendo:
— Senhor, perdoae-me, mas soffri
u m,a allucinação. . .
— O que?!..., interrompeu, irritado,
o soberano.
— Vossas flexas são de ouro resplan-
descente -— balbuciou a rainha — e pa-
rece-me que a que feriu este animal era
de aço negro.
— Esta desgraçada não sabe o que
diz — gritou Svharam fóra de si, indi
cando sua esposa — Levem-na de minha
Presença... E seja lançada no mar! Não
quero vel-a mais! Causa-me horror! E’
melhor que o ventre de uma baleia lhe
sirva de albergue do que supportal-a con
tinuamente no palacio!
Effectivamente, a joven prineeza foi
mettida num dos carros que tinham con
duzido a caça, e, carregada ás costas, foi
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arrojada ao mar duma eminencia. E teria
perecido si a Providencia celestial de Mi-
thra não tivesse feito fluctuar sobre as
ondas uma taboa de madeira, á qual ella
se agarrou, e o sopro divino, enfunando-
lhe o manto que serviu de vela, não a ti
vesse conduzido em pouco tempo a uma
praia longínqua, onde se elevava um pa
lacio rodeado de arvores frondosas, per
tencente a um grande senhor, o qual,
vendo-a chegar, correu á praia com seus
filhos, salvando-a e acolhendo-a como
uma irmã que o divino Mithra lhes en
viava .
Depois de sentença tão iniqua, passa
do algum tempo, Svharam, que, effecti
vamente, estava enamorado de “Faces de
Rosa”, se consumia de tristeza. Para al-
liviar o tedio do soberano, os cortezãos
determinaram fazer varios passeios e or
ganizar grandes caçadas, indo successiva-
mente aos sete palacios dos sete reis sub
ditos. Ahi, em sumptuosos banquetes, ve-