Full text: 3.1924=Nr. 4 (1924000304)

~~ 27 — 
PELO MUNDO.. 
F1 mi5ERÍR ■*■ ***** *} 
A miseria é a tisica social. Não ha nada 
mais fúnebre que o Arlequim andrajoso. 
A origem de todos os males é viver es 
farrapado e passar fome. 
Para levar ao desespero a alma não ha 
nada egual á falta de pão. 
A miseria é o crysol no qual o destino 
atira o homem, quando quer convertel-o num 
ser desprezivel, ou num semi-deus, porque 
O joven rico tem contra si as seductoras 
distracções; o jogo, a bebida, o fumo e ou 
tro sprazeres baixos da alma em detrimento 
dos seus pendores mais altos e delicados. 
Víctor Hugo 
m ' i — 
Aos desgraçados que, neste torrificante ca 
lor, estudam para exame, dedicamos as se 
guintes palavras de Jules Lemaitre: 
«Estava eu então na época dos exames, 
preoc.cupado com isso. Sabia de antemão o 
Por que é que 
os ácidos sec- 
cam a bocea? 
Os ácidos têm 
grande afflnida- 
de com a agua, 
isto é, tiram agua 
de qualquer sub 
stancia que a 
contenha, assim 
queose põem em 
con tacto com 
ella. Por conse 
guinte, quando 
uma substancia 
acida se põe em 
contacto com a 
membrana mu 
cosa da bocea ou 
da garganta, a 
secreção acquea 
que conserva es 
sas partes húmi 
das e flexiveis é 
rapidamente ab 
sorvida e produz 
essa sensação de 
adstringência e 
seccura que toda 
gente nota, e dá 
como resultado 
uma immediata e 
copiosa effusão 
de saliva. 
De ma n e i r a 
analoga o mel, 
pela razão da sua 
affinidade com a 
agua tende a sec- 
car o pão, sobre 
o qual tenha sido 
estendido. 
Os ácidos mi- 
neraes, por sua 
acção chimica, 
não só seccam a 
bocea, mas estro- 
OS GRANDES FEITOS 
¡S 
"ter 
>• 
Estragou o pudim, mas salvou o tostão 
e 
peiam o esmalt- 
os dentes,' a me 
nos que se tome 
a precaução de 
os ingerir por 
meio de tubos de 
vidro. 
♦♦ 
O cavalheiro 
(para o dono do 
estanco) : 
— Tem charu 
tos desta marca ? 
(e mostra-lhe o 
que vae fuman 
do). Que taes são 
elles ? Diga-m’o 
com toda a fran 
queza 1 
O estanqueiro: 
— Exceden tes! 
São de primeira 
qualidade. En 
tão, os deste ul 
timo sahiram 
magníficos ! 
O cavalheiro 
'em attitude de 
retirar- se): — 
Está bem, está 
bem ; obrigado. 
O senhor escre- 
veu-me a dizer- 
me que eram 
muito inferiores ; 
mas vou satis 
feito por vêr que 
se enganou. Eu 
sou o fabricante 
delles, muito boa 
tarde ! 
O agr adeci- 
mento muitas ve 
zes não é mais 
do que um dese 
jo secreto de re 
ceber maio res 
beneficios. 
essas luctas pequenas originam grandes acções. 
Ao chegar a certo gráo de infelicidade, o 
pobre, no seu entorpecimento, não chora mais 
a dôr que sente, nem agradece tão pouco o 
bem que recebe. 
Assim como no frio, com a miseria os corpos 
se contraem, mas os corações crescem. A 
miseria de um joven nunca é miserável. O 
joven pobre póde ter todas as riquezas que 
faltam ás vezes a muitos ricos: o amor ao 
trabalho, o caracter e a intelligencia, que 
o tornarão livre e digno. 
que me era preciso pensar dos escriptores 
cujas obras eu tinha de abordar. Lia com 
muita docilidade, portanto, lia muito mal, 
porque a verdade é que ias leituras dos ban 
cos escolares de nada servem nem nada dei 
xam para o futuro. Digo muitas vezes a 
mim proprio que ainda hei de consagrar 
tuna grande parte da minha vida a ler se 
riamente os livros de que me occupei na 
primeira metade da minha vida». 
Não devemos esquecer que é um univer 
sitario que emitte estas essenciaes verdades.
	        
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