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PELO MUNDO..
F1 mi5ERÍR ■*■ ***** *}
A miseria é a tisica social. Não ha nada
mais fúnebre que o Arlequim andrajoso.
A origem de todos os males é viver es
farrapado e passar fome.
Para levar ao desespero a alma não ha
nada egual á falta de pão.
A miseria é o crysol no qual o destino
atira o homem, quando quer convertel-o num
ser desprezivel, ou num semi-deus, porque
O joven rico tem contra si as seductoras
distracções; o jogo, a bebida, o fumo e ou
tro sprazeres baixos da alma em detrimento
dos seus pendores mais altos e delicados.
Víctor Hugo
m ' i —
Aos desgraçados que, neste torrificante ca
lor, estudam para exame, dedicamos as se
guintes palavras de Jules Lemaitre:
«Estava eu então na época dos exames,
preoc.cupado com isso. Sabia de antemão o
Por que é que
os ácidos sec-
cam a bocea?
Os ácidos têm
grande afflnida-
de com a agua,
isto é, tiram agua
de qualquer sub
stancia que a
contenha, assim
queose põem em
con tacto com
ella. Por conse
guinte, quando
uma substancia
acida se põe em
contacto com a
membrana mu
cosa da bocea ou
da garganta, a
secreção acquea
que conserva es
sas partes húmi
das e flexiveis é
rapidamente ab
sorvida e produz
essa sensação de
adstringência e
seccura que toda
gente nota, e dá
como resultado
uma immediata e
copiosa effusão
de saliva.
De ma n e i r a
analoga o mel,
pela razão da sua
affinidade com a
agua tende a sec-
car o pão, sobre
o qual tenha sido
estendido.
Os ácidos mi-
neraes, por sua
acção chimica,
não só seccam a
bocea, mas estro-
OS GRANDES FEITOS
¡S
"ter
>•
Estragou o pudim, mas salvou o tostão
e
peiam o esmalt-
os dentes,' a me
nos que se tome
a precaução de
os ingerir por
meio de tubos de
vidro.
♦♦
O cavalheiro
(para o dono do
estanco) :
— Tem charu
tos desta marca ?
(e mostra-lhe o
que vae fuman
do). Que taes são
elles ? Diga-m’o
com toda a fran
queza 1
O estanqueiro:
— Exceden tes!
São de primeira
qualidade. En
tão, os deste ul
timo sahiram
magníficos !
O cavalheiro
'em attitude de
retirar- se): —
Está bem, está
bem ; obrigado.
O senhor escre-
veu-me a dizer-
me que eram
muito inferiores ;
mas vou satis
feito por vêr que
se enganou. Eu
sou o fabricante
delles, muito boa
tarde !
O agr adeci-
mento muitas ve
zes não é mais
do que um dese
jo secreto de re
ceber maio res
beneficios.
essas luctas pequenas originam grandes acções.
Ao chegar a certo gráo de infelicidade, o
pobre, no seu entorpecimento, não chora mais
a dôr que sente, nem agradece tão pouco o
bem que recebe.
Assim como no frio, com a miseria os corpos
se contraem, mas os corações crescem. A
miseria de um joven nunca é miserável. O
joven pobre póde ter todas as riquezas que
faltam ás vezes a muitos ricos: o amor ao
trabalho, o caracter e a intelligencia, que
o tornarão livre e digno.
que me era preciso pensar dos escriptores
cujas obras eu tinha de abordar. Lia com
muita docilidade, portanto, lia muito mal,
porque a verdade é que ias leituras dos ban
cos escolares de nada servem nem nada dei
xam para o futuro. Digo muitas vezes a
mim proprio que ainda hei de consagrar
tuna grande parte da minha vida a ler se
riamente os livros de que me occupei na
primeira metade da minha vida».
Não devemos esquecer que é um univer
sitario que emitte estas essenciaes verdades.