Full text: 3.1924=Nr. 8 (1924000308)

PELO MUNDO 
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Covilhã — Vista eeral 
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PORTUGAL ARTISTICO, PITTORESCO E MONUMENTAL 
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A COVILHA 
COVILHA 
Port C0 ',’ iIhã > que ó conhecida em todo o 
dyjj.Sp» pela sua admiravel actividade iij- 
s abirl ’ c °tno a Manchester portugueza, tem 
espip°,. manter galhardamente as tradições de 
4 U JS ti 1C ^° centro trabalhador ha muito con- 
Co ®o aS ' e na P atiaa de Nun’Alvares, 
tpicj ■ c l Ue ° foco donde irradiam as fecundas 
lajp lvas que, no campo industrial, estimu- 
as r , e revl goram o desenvolvimento de todas 
da piezas. A cavalleiro da grandiosa serra 
sl Ção st tella, surge a cidade, quasi em dispo- 
tesco anj phi-theatro, por entre o pitto- 
pr e e spectaculo do exhuberante valle, sem- 
tanha ertae e D-dente, ea triste aridez da mon- 
Pica ’ ^ Ue se eriça, formidável, muda, tita- 
c °ttió 6 S °' 3e sem P re > na sua trágica solidão, 
fór a a qoerer chegar até ao céo. Vista de 
s ?Pttss' tterece realmente um aspecto interes- 
^tlhas P e ^ a extravagante desordem de suas 
4 e , e seus planos. 
s ituada artlr • < ^° a * to c td a de, onde estão 
tarp 0 mu itas fabricas, os predios apresen- 
e Xtra Va es P® ctacu l° duma tela cubista, tal a 
Cas rl ganc i a de perspectivas e as differen- 
de 
aCc ident nive ^ resultantes da irregularidade e 
hos j , e do solo. Uns por cima dos ou- 
Va ellas escen do, de esguelha, por beccos e 
de ai r¿uT 1Urria su P er P°sição confusa de cubos, 
& tos rectos, de rectángulos, e deixando 
ver, de vez ' em quarido, pequeños tréchqs 
de arvoredo, j formam um panorama verda 
deiramente ifíedito que se fixa na retina. 
A Covilhã conta pertó de 30.000 habi 
tantes, tendo-se desenvolvido muito nestes ul 
timas annos, como o attestanu o augmento da 
sua producção industrial e a çieação de no 
vos bairros, que se vão multiplicando nos 
dominios da cidade. 
A sua mais tradicional e. importante in 
dustria é a idos lanificios, cuja materia pri 
ma, a lã, procede da montanha proximla. 
Desde tempos immemoriaes que essa industria 
ali existe, mas só depois de 1681, com as 
medidas proteccionistas do grande estadista,, 
conde da Ericeira, é que a manufactura do 
filamento lanoso tomou grande incremento, 
chegando a importação das fazendas inglezas, 
que abasteciam o mercado portuguez, a re- 
duzir-se ao mínimo. A essa phase de pros 
peridade, seguiu-se depois outra de grandes 
prejuízos, em consequência do tratado de 
Methew de 1703, que concedia, em troca 
de certas compensações com q vinho portu 
guez, livre entrada aos pannos inglezes. O 
marquez de Pombal, porém', acudiu, meio 
século depois, á moribunda industria, conse 
guindo fazel-a resurgir por meio de sabias 
providencias que lhe asseguraram o futuro 
e prosperidade. Dahi para cá, a antiga in 
dustria das lãs sò tem feito aperfeiçoar-se,
	        
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