PELO MUNDO
'y*-'
' «8
. - ’’
Covilhã — Vista eeral
Ü. >
-J _
PORTUGAL ARTISTICO, PITTORESCO E MONUMENTAL
= V“
■ 'I
A COVILHA
COVILHA
Port C0 ',’ iIhã > que ó conhecida em todo o
dyjj.Sp» pela sua admiravel actividade iij-
s abirl ’ c °tno a Manchester portugueza, tem
espip°,. manter galhardamente as tradições de
4 U JS ti 1C ^° centro trabalhador ha muito con-
Co ®o aS ' e na P atiaa de Nun’Alvares,
tpicj ■ c l Ue ° foco donde irradiam as fecundas
lajp lvas que, no campo industrial, estimu-
as r , e revl goram o desenvolvimento de todas
da piezas. A cavalleiro da grandiosa serra
sl Ção st tella, surge a cidade, quasi em dispo-
tesco anj phi-theatro, por entre o pitto-
pr e e spectaculo do exhuberante valle, sem-
tanha ertae e D-dente, ea triste aridez da mon-
Pica ’ ^ Ue se eriça, formidável, muda, tita-
c °ttió 6 S °' 3e sem P re > na sua trágica solidão,
fór a a qoerer chegar até ao céo. Vista de
s ?Pttss' tterece realmente um aspecto interes-
^tlhas P e ^ a extravagante desordem de suas
4 e , e seus planos.
s ituada artlr • < ^° a * to c td a de, onde estão
tarp 0 mu itas fabricas, os predios apresen-
e Xtra Va es P® ctacu l° duma tela cubista, tal a
Cas rl ganc i a de perspectivas e as differen-
de
aCc ident nive ^ resultantes da irregularidade e
hos j , e do solo. Uns por cima dos ou-
Va ellas escen do, de esguelha, por beccos e
de ai r¿uT 1Urria su P er P°sição confusa de cubos,
& tos rectos, de rectángulos, e deixando
ver, de vez ' em quarido, pequeños tréchqs
de arvoredo, j formam um panorama verda
deiramente ifíedito que se fixa na retina.
A Covilhã conta pertó de 30.000 habi
tantes, tendo-se desenvolvido muito nestes ul
timas annos, como o attestanu o augmento da
sua producção industrial e a çieação de no
vos bairros, que se vão multiplicando nos
dominios da cidade.
A sua mais tradicional e. importante in
dustria é a idos lanificios, cuja materia pri
ma, a lã, procede da montanha proximla.
Desde tempos immemoriaes que essa industria
ali existe, mas só depois de 1681, com as
medidas proteccionistas do grande estadista,,
conde da Ericeira, é que a manufactura do
filamento lanoso tomou grande incremento,
chegando a importação das fazendas inglezas,
que abasteciam o mercado portuguez, a re-
duzir-se ao mínimo. A essa phase de pros
peridade, seguiu-se depois outra de grandes
prejuízos, em consequência do tratado de
Methew de 1703, que concedia, em troca
de certas compensações com q vinho portu
guez, livre entrada aos pannos inglezes. O
marquez de Pombal, porém', acudiu, meio
século depois, á moribunda industria, conse
guindo fazel-a resurgir por meio de sabias
providencias que lhe asseguraram o futuro
e prosperidade. Dahi para cá, a antiga in
dustria das lãs sò tem feito aperfeiçoar-se,