PELO MUNDO...
havia chorado. Entretanto, ella sorria para
mim.
•— Occorreu-me a idéa de fazer-lhe urna
pergunta, disse ella. Mas, primeiro, deixe-me
contar-lhe que um dia eu ia abandonar em
desespero de causa, escrever romances quan
do uma amiga persuadiu-me persistir... e pouco
depois um de meus manuscriptos foi acceito.
— Essa pessoa sabia o que estava fazendo,
Hilda. Porém, mesmo no caso que eu pudesse
esperar — e não evitaria o soffrimento —
já dei a minha palavra a meu irmão. Pro
vavelmente, elle dispoz a quantia.
Ella acenou com a cabeça bondosamente.
-— Em todo o caso não deixo de fazer a
minha pergunta. Supponha que de repente
começassem a apparecer compradores e sup
ponha que se vendesse um grande numero
de quadros. Mesmo assim não pediria a seu
irmão dar-lhe o ensejo de continuar?
Os seus bellos olhos olhavam para os meus
mas logo baixaram.
Em toda a minha vida nada comparável
a essa revelação me aconteceu.
— Hilda, disse eu, quer que me ponha a
seus pés e os beije ?
— Que quer dizer! exclamou ella com tre
mula indignação.
-—E’ a bondade em pessoa! disse eu e
creio que a minha voz tremia. Mas, que fa
ria de todos os meus quadros depois que
os seus agentes os encostassem á sua porta ?
Vi que ella ia chorar, mas logo depois ella
riu.
— Parece que apresentei mal a minha idéa,
disse ella, mas se um amigo não póde' aju
dar outro amigo, para que estamos neste
mundo ?
Os seus labios tremiam; entretanto, com ou
tra risadinha ella deu uns passos para a
frente e apanhou a missiva abandonada.
— E’ assim que trata a sua corresponden
cia ! perguntou ella apresentando-me a carta.
— Não deveria ter-se incommodado. E’ ape
nas uma conta, disse eu virando-a.
— Não, by Jove I é de George |
— Esperarei em baixo, disse ella proin-
ptamente. u
— Por favor, não vá embora. Está es
curo lá em baixo. Eu já vou sair.
E tratei de fechar a porta á chave.
— Mas, precisa lêr a sua carta.
— Bem, se me dá licença. George, bom
negociante, não perde o tempo com Iong as
digressões.
Rasguei o enveloppe e li:
Caro Bill;
Pauso que não andei bem. Quiz fazer '
que eu suppunha o melhor para tl, mas a ê
ra vem-me a duvida se tenho razão de » "
cidir da tua vida inteira. Deixa-me empre
ñar o dinheiro em teu nome, e peço-te
tua palavra de honra que não tocaras
capital nestes dez anuos. Se assim com
dares, tens a liberdade de jazer o que q
zercs. Vem, para conversar commigo soo
estas coisas, a qualquer hora até a ni
noite.
George
Sei que tremia como varas verdes qui» L
disse:
— Gostaria que lesse esta cartâ, Hilda.
Ella sacudiu a cabeça. - 0
— Com certeza significa que... que »
vae mais — a voz delia alterou-se — "
vae mais para Goiava... quero dizer J av
Que risadinha tremula ella deu en QP: , a
— plilda! eu tomei-lhe as mãos. ri» ’
isto... interessa-a ? „p
— O’, não, muito, muito, comtudo,
vez... , n Jo
Saimos em todo o caso, para um i» u
que era perfeito a todos os respeitos. i
Num taxi elegante, guiado por um cfu Z~ 0
feur de maneiras correctas, Hilda, que
deixa de ser, felizmente, um tanto P
tica, exclamou de repente: * 0
- E, ó Bill, o adoravel jantarsinho
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firnn nprdirln. não é Ulll
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"Precisa-se para casa de 111 sS or
milia americana, de um pro 0 .
habilitado, afim de corrig» a »
nuncia viciosa de um papag 31
Brazil".
O cardeal Mazzarino dava
vontade ; por isso, o conde de
dizia
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E'-se mais obrigado a estf ?nraU e ’
do que aos outros, P
„„ outros, P” reC 0'
quando dá, logo nos allivia do
nhecimento.
Cada gota de sangue inn °^tra
derramada, clama vingança ¿3.
o principe que fez •jj¡«¿ p ¿rf.
Durante a filmação de “Lh n ¡'ao-
amor”, Billie Dove, linda p r ° ~ rCt s
nista do film, aproveitava as ¿io
de folga ouvindo concertos d?
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