Full text: 3.1924=Nr. 9 (1924000309)

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PELO MUf'DU... 
as mesmas dimensões. Enfeitam-na 
dores de lotus talhadas em pedra, 
j’epetindo-se tão minuciosamente, em 
duos os seus detalhes, que parecem 
s aidas do mesmo molde. ’ Tres ga 
znas. circumdam os outros lados 
■ l0 edificio, que apontam, cada qual, 
Parji um c ] os p 0n tos cardeaes. Os 
0ls terços de espaço restante são 
cc upados por columnatas abertas, 
Galería interior do Templo de 
Angkor 
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es Paç 0 ni ? ? e Salerias do templo estende-se por um 
c *da lado . rac *° Oae mede quasl um kilometro de 
¡i. 1 as galerías são ornadas de baixos-relev 03 
ustrando as antigas epopéas hindús. 
baíxo niUra lhas interiores, com seus 
Pr¡ n , S ' relevos , formam uma das 
p 'Paes attracções do templo. 
di lra ^ es baixos relevos são emmol- 
Cad a °s por oito taboleiros medindo 
prj ( i n LUn de 75 a 90 metros de com- 
ijH a ^ P° r um metro de altura. As 
ti^as de homens e animaes at- 
tr 0 8 ([ . 1 a media de sessenta por me 
de 1"."arado. Executadas com gran- 
oi t u . "dado e habilidade, dão uma 
Os as ea da esculptura dos Khemers. 
"mptos principaes são as sce- 
nas de batalhas, procissões solem 
nes, e a serie completa das scenas 
do Ramayana e do Mahábarátta, as 
antigas epopéas hindús que os es- 
culptores da Indo-China tantas vezes 
illustraram na pedra. 
Angok-Wat, que é a ultima e a 
maior das obras desse genero levan 
tadas pelos antigos cambodgianos, 
data, provavelmente, do secuto XIV, 
tendo ficado incompleta. Eacto no 
tável: o monumento é construido de 
mermes blocos de pedra unidos por 
meio de ganchos de ferro, sem ar 
gamassa. 
Diz uma tradição que o ultimo 
rei do Cambodge, cuja estatua se 
encontra entre os destroços das es- 
culpturas, mandou edificar o templo, 
a ver se conseguia do céo a cura 
da sua lepra. 
(Continúa no próximo numero) 
♦ - r _ ♦ 
Grandeza, e decadencia 
0 v —■—^ 
La l.iberté. jornal socialista franoez, pu 
blicou uma interessante historia acerca de 
um desses exilados russos, outrora altos of- 
ficiaes ou grandes senhores, cuja triste si 
tuação faz lembrar a dos emigrados fran- 
cezes de outros tempos. 
Urna joven senhora apeia-se de um taxi 
á porta da gare dos Invalidos, com um pe 
queno nos braços. Querendo pagar ao chauf 
feur procura a bolsa, só então percebendo 
que perdeu o dinheiro e chorando de desespero. 
— Não faz mal, grita o chauffeur. Não 
se amofine por causa disso... 
— Mas eu tinha tambem de comprar um 
bilhete para a Bretanha e... 
— E quanto custa o bilhete? — pergunta 
o motorista com interesse. 
— Cincoenta francos, mais ou menos. 
O chauffeur tira urna nota de cincoenta 
francos da carteira e entrega-o á passageira: 
— Tome isto para pagar urna parte das 
despesas das ferias corn o seu filhinho. Não 
me deve nada. 
E o homem, inclinando-se galantemente, dá 
á desconhecida, um cartão de visita onde 
se lê. 
CORONEL IGNATIEFF 
da Casa Militar do Tsar 
Ha em Paris numerosos fidalgos russos que 
a revolução obrigou a fugir e que vivem hoje 
dos mais humildes e penosos misteres 1 Um 
delles, filho de celebre almirante é, segundo 
dizem, maitre d’hotel, num restaurante. Ou 
tro serve como creado de quarto em casa de 
urna rica familia brasileira. Um principe au- 
thentico é machinista num music-hall. De 
tempos a tempos, traem a sua origemj e têm 
então, como o coronel Ignatieff, gestos de 
grandes senhores.
	        
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