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PELO MUf'DU...
as mesmas dimensões. Enfeitam-na
dores de lotus talhadas em pedra,
j’epetindo-se tão minuciosamente, em
duos os seus detalhes, que parecem
s aidas do mesmo molde. ’ Tres ga
znas. circumdam os outros lados
■ l0 edificio, que apontam, cada qual,
Parji um c ] os p 0n tos cardeaes. Os
0ls terços de espaço restante são
cc upados por columnatas abertas,
Galería interior do Templo de
Angkor
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as
es Paç 0 ni ? ? e Salerias do templo estende-se por um
c *da lado . rac *° Oae mede quasl um kilometro de
¡i. 1 as galerías são ornadas de baixos-relev 03
ustrando as antigas epopéas hindús.
baíxo niUra lhas interiores, com seus
Pr¡ n , S ' relevos , formam uma das
p 'Paes attracções do templo.
di lra ^ es baixos relevos são emmol-
Cad a °s por oito taboleiros medindo
prj ( i n LUn de 75 a 90 metros de com-
ijH a ^ P° r um metro de altura. As
ti^as de homens e animaes at-
tr 0 8 ([ . 1 a media de sessenta por me
de 1"."arado. Executadas com gran-
oi t u . "dado e habilidade, dão uma
Os as ea da esculptura dos Khemers.
"mptos principaes são as sce-
nas de batalhas, procissões solem
nes, e a serie completa das scenas
do Ramayana e do Mahábarátta, as
antigas epopéas hindús que os es-
culptores da Indo-China tantas vezes
illustraram na pedra.
Angok-Wat, que é a ultima e a
maior das obras desse genero levan
tadas pelos antigos cambodgianos,
data, provavelmente, do secuto XIV,
tendo ficado incompleta. Eacto no
tável: o monumento é construido de
mermes blocos de pedra unidos por
meio de ganchos de ferro, sem ar
gamassa.
Diz uma tradição que o ultimo
rei do Cambodge, cuja estatua se
encontra entre os destroços das es-
culpturas, mandou edificar o templo,
a ver se conseguia do céo a cura
da sua lepra.
(Continúa no próximo numero)
♦ - r _ ♦
Grandeza, e decadencia
0 v —■—^
La l.iberté. jornal socialista franoez, pu
blicou uma interessante historia acerca de
um desses exilados russos, outrora altos of-
ficiaes ou grandes senhores, cuja triste si
tuação faz lembrar a dos emigrados fran-
cezes de outros tempos.
Urna joven senhora apeia-se de um taxi
á porta da gare dos Invalidos, com um pe
queno nos braços. Querendo pagar ao chauf
feur procura a bolsa, só então percebendo
que perdeu o dinheiro e chorando de desespero.
— Não faz mal, grita o chauffeur. Não
se amofine por causa disso...
— Mas eu tinha tambem de comprar um
bilhete para a Bretanha e...
— E quanto custa o bilhete? — pergunta
o motorista com interesse.
— Cincoenta francos, mais ou menos.
O chauffeur tira urna nota de cincoenta
francos da carteira e entrega-o á passageira:
— Tome isto para pagar urna parte das
despesas das ferias corn o seu filhinho. Não
me deve nada.
E o homem, inclinando-se galantemente, dá
á desconhecida, um cartão de visita onde
se lê.
CORONEL IGNATIEFF
da Casa Militar do Tsar
Ha em Paris numerosos fidalgos russos que
a revolução obrigou a fugir e que vivem hoje
dos mais humildes e penosos misteres 1 Um
delles, filho de celebre almirante é, segundo
dizem, maitre d’hotel, num restaurante. Ou
tro serve como creado de quarto em casa de
urna rica familia brasileira. Um principe au-
thentico é machinista num music-hall. De
tempos a tempos, traem a sua origemj e têm
então, como o coronel Ignatieff, gestos de
grandes senhores.