Full text: 3.1924=Nr. 10 (1924000310)

PELO MUNDO 
Respondi : 
— Temos alguns bons. 
Entre os fios de prata tomou a brilhar um 
tenue sorriso. 
— Não é a mesma coisa ser grande ou 
bom, disse France. Em geral, os grandes es- 
cnptores são mãos, pelo menos no juízo dos 
estylistas e dos pedantes... Escrever bem, para 
a maioria das gentes e para todos os criticas, 
quer dizer sujeição ás regras... 
Os bons escnptores respeitam-nas, mas os 
grandes prescindem delias... Rabellais, um dos 
maiores escriptores da França e do mundo, 
abusava dos epithetos, accumulava os substan 
tivos e os verbos e construia phrases que 
careciam de flexibilidade, de rythmo e de 
equilibrio... Moliere também escrevia mal e 
o mesmo succedia a Balzac... Outros escripto 
res foram mais cuidadosos, mais puros, me 
lhores, em summa; mas não foram grandes, 
verdadeiramente grandes, como Rabellais, Mo 
liere e Balzac... 
Depois deste discurso, o mestre poz-se de 
pé. Era a hora do passeio quotidiano, em au 
tomóvel, debaixo da fronde do bosque. Aca 
riciando um montão de tiras de papel presas 
sob um pedaço de mármore antigo, France 
disse: 
— Meu querido Kahn: isto vae devagar... 
Uto é o novo livro que o mestre preparava 
quando a doença o surprehendeu. Intituj-* 
Sons la rose e é ¡formado por varios capa 
de conversações philosophicas. 
O sr. Kahn murmurou: 
— Tem tempo... 
A voz do bom editor tremia um P° uCO ; en to 
France estendeu-me a mão num gesto 
e triste, como num adeus definitivo. n . 
Sai da «Villa Said», segui pachorrenta ^ 
te pela Avenida e dei umia grande volta E ; 
chegar aos Campos Elyseos sem me ;l PP ei . 
mar da Praça da Estrella, pois levava n j 0 
pirito e no coração a im&gem apostoEC â£) 
Mestre, e |não queria profanai- a com a v«-. 
marcial e aborrecida do Arco de TnufflP 
Antonio G. de U nar ‘ s 
MUITO JOVEN 
Visitante. — E tem passado toda a sua vida aq 
A empregada. — Ainda não. 
Quando um rapaz se convence de que n , â /\J* e . s e a 
grande demais para offerecer á noiva, otre 
si proprio. 
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Quando falamos pomos em 
differentes. 
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A. caça d o lea o á la nça 
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Nilo, 
Percorrendo a Africa, desde o 
Zambeze até ás fontes do 
o expías 
Vandemberg poude ficar fazendo uma idéa precisa da fauna e a* . qua> 
regiões, até agora tão pouco conhecidas. No curso da expedição, vl rtiiiO’ 
■ povo de pygmeus, os nam “ U a c ¿mP»? " 
produzimos alguns documentos graphicos, Vandenberg encontrou um «w t, J£> , C u*;*r a 0 »» 
entre elles varios mezes. Seus costumes sâo muito estranhos. Para attrail-os, e poder residir em n quist» po 
UnnrlanKarn omnrflímil foHoC AC AVTAA/-U CíS fl Íntf»tltO POIT1 tílhílCO CSal. TendO"lUCb _ 1 ^rll fll * 
Vandenberg empregou todos os expedientes, só logrando o intento com tabaco esal. Tendo 
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nalmente a sympathia, o explorador, que apparece na gravura oval entre dois pygmeus, conv õe m 0 
com elles, tomando parte, depois, em varias caçadas á moda do paiz. As únicas armas de aU and° ü n te ** 
meus são as flexas. O systema da caça consiste em esperar a fera á hora do crepúsculo,_ <l ue ;; M r araifl e ‘„gu e 
mal sae para beber nalgum arroio, e recebel-a com uma nuvem de flexas. Succede, P°J e JP 1 ’.TJj 0 pelo E, fo) 
matam e, nesse caso. perseguem-na, ás vezes durante dias inteiros, até que o bicho, debí j je la n j ur a i 
perdido e pelo cansaço cae para nunca mais se levantar. O leão, que se vê, na gravura, an\ g a gr a h e5 pr c ' 
morto nor outro povo, o dos Masais, que celebraram a victoria com grande estrepito. ( lj a par* 
esquerda). Para essa gente, um leão de menos equivale um supplemento de segurança, coisa n 
zar num paiz onde a fauna é tão hostil ao homem.
	        
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