PELO MUNDO
Respondi :
— Temos alguns bons.
Entre os fios de prata tomou a brilhar um
tenue sorriso.
— Não é a mesma coisa ser grande ou
bom, disse France. Em geral, os grandes es-
cnptores são mãos, pelo menos no juízo dos
estylistas e dos pedantes... Escrever bem, para
a maioria das gentes e para todos os criticas,
quer dizer sujeição ás regras...
Os bons escnptores respeitam-nas, mas os
grandes prescindem delias... Rabellais, um dos
maiores escriptores da França e do mundo,
abusava dos epithetos, accumulava os substan
tivos e os verbos e construia phrases que
careciam de flexibilidade, de rythmo e de
equilibrio... Moliere também escrevia mal e
o mesmo succedia a Balzac... Outros escripto
res foram mais cuidadosos, mais puros, me
lhores, em summa; mas não foram grandes,
verdadeiramente grandes, como Rabellais, Mo
liere e Balzac...
Depois deste discurso, o mestre poz-se de
pé. Era a hora do passeio quotidiano, em au
tomóvel, debaixo da fronde do bosque. Aca
riciando um montão de tiras de papel presas
sob um pedaço de mármore antigo, France
disse:
— Meu querido Kahn: isto vae devagar...
Uto é o novo livro que o mestre preparava
quando a doença o surprehendeu. Intituj-*
Sons la rose e é ¡formado por varios capa
de conversações philosophicas.
O sr. Kahn murmurou:
— Tem tempo...
A voz do bom editor tremia um P° uCO ; en to
France estendeu-me a mão num gesto
e triste, como num adeus definitivo. n .
Sai da «Villa Said», segui pachorrenta ^
te pela Avenida e dei umia grande volta E ;
chegar aos Campos Elyseos sem me ;l PP ei .
mar da Praça da Estrella, pois levava n j 0
pirito e no coração a im&gem apostoEC â£)
Mestre, e |não queria profanai- a com a v«-.
marcial e aborrecida do Arco de TnufflP
Antonio G. de U nar ‘ s
MUITO JOVEN
Visitante. — E tem passado toda a sua vida aq
A empregada. — Ainda não.
Quando um rapaz se convence de que n , â /\J* e . s e a
grande demais para offerecer á noiva, otre
si proprio.
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Quando falamos pomos em
differentes.
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A. caça d o lea o á la nça
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Percorrendo a Africa, desde o
Zambeze até ás fontes do
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Vandemberg poude ficar fazendo uma idéa precisa da fauna e a* . qua>
regiões, até agora tão pouco conhecidas. No curso da expedição, vl rtiiiO’
■ povo de pygmeus, os nam “ U a c ¿mP»? "
produzimos alguns documentos graphicos, Vandenberg encontrou um «w t, J£> , C u*;*r a 0 »»
entre elles varios mezes. Seus costumes sâo muito estranhos. Para attrail-os, e poder residir em n quist» po
UnnrlanKarn omnrflímil foHoC AC AVTAA/-U CíS fl Íntf»tltO POIT1 tílhílCO CSal. TendO"lUCb _ 1 ^rll fll *
Vandenberg empregou todos os expedientes, só logrando o intento com tabaco esal. Tendo
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nalmente a sympathia, o explorador, que apparece na gravura oval entre dois pygmeus, conv õe m 0
com elles, tomando parte, depois, em varias caçadas á moda do paiz. As únicas armas de aU and° ü n te **
meus são as flexas. O systema da caça consiste em esperar a fera á hora do crepúsculo,_ <l ue ;; M r araifl e ‘„gu e
mal sae para beber nalgum arroio, e recebel-a com uma nuvem de flexas. Succede, P°J e JP 1 ’.TJj 0 pelo E, fo)
matam e, nesse caso. perseguem-na, ás vezes durante dias inteiros, até que o bicho, debí j je la n j ur a i
perdido e pelo cansaço cae para nunca mais se levantar. O leão, que se vê, na gravura, an\ g a gr a h e5 pr c '
morto nor outro povo, o dos Masais, que celebraram a victoria com grande estrepito. ( lj a par*
esquerda). Para essa gente, um leão de menos equivale um supplemento de segurança, coisa n
zar num paiz onde a fauna é tão hostil ao homem.