PELO MUNDO...
dos cantos,
de avançar
O mais rapidamente que me possa levar um
a utomovel.
— Fez a cabeça ?
— Sim; ( fiz o que pude, como prometti.
Espero que não lhe desagradará o que fiz.
Então aqui o espero.
Brian apanhou o chapeo e saiu correndo.
Vitando chegou a casa do esculptor subm a
es cada os degráos tres a tres.
Bateu na porta que se abnu ímmediata-
naente. Ah estava Irving Sil ver com o seu
av ental branco de esculptor.
Entre, joven — disse elle n’um tom cor-
ijiai e de amavel convite, emquanto no fundo
d ° aposento sorriam grupos de graciosas fi
suras de céra.
Estamos sós — continuou o esculptor;
~~ todos os operarlos sairam. Entre.
Bnan seguiu-o sem
Poder articular Urna
s ° Palavra. Silver apa
go^ a luz central, e
uutão Brian notou que
, ó estava accesa urna
Uz com abat-jour ver-
2® n’um
Bopois
Ulls passos Silver
Parou.
"Tome a sua pri-
■Ueira impressão d’este
Ponto — lhe recom
endou elle. — A’
istancia pode dar
Iriais encanto.
. ~~ Encanto I — Sim,
sa era a palavra.
Como se fóra um
Sico, o creador de
uUieres de céra pa-
"ta que, verdadeira-
, e nte, tinha dado vi-
d aquella figura.
v e " rlan não se mo-
u - Parecía estar hy-
Ptnotisado.
d ls 7~ Senhor Silver —
te ® depois de algum
e 0 m P? com voz pou-
n . 'irme. — Nunca
bast= rtl a gradeer-lhe
c 0 ante - Nem póde
fez P'cbender quanto
n^r Por mim. E’ urna
f 0r dv nha, é quasi como se tivesse trans-
d Uzia ° ° meu s °nho em realidade, repro-
v lm lndo cm corpoi e laífmfa a mulher por quem
Pero de tres mil milhas de distancia com a es-
^ n ? a de encontral-a.
feim J 'l u . e eu desejava era que ficasse satis-
nn,. ~7 disse Silver, —> e muito me alegro de
assIm .
"Pos, 1 mln ha casa, na França, reservarei um
*Uz er ‘ t0 para ella, assim, com essa mesma
Se gui 6 a P ezar d’essa semelhança não con-
est e ; a r en contral-a, ou se, por desgraça, já
Satisc • Casa da com outro, sentir-me-ei mais
tn 0rta eit0 com essa imagem que a maioria dos
Pocl e es com as suas esposas. Senhor, Silver,
__ - ei 'eval-a já commigo ?
fri e¡ , a ss ° depende — respondeu Silver com certa
-p ~~ do propno modelo,
ntão quer dizer que como a cabeça está
C no se fosse feiticeiro,
cera parecia ter dotado
fresca amda não poderá ser removida ? Oh 1
mas se tem que ficar aqui ainda esta noite,
permitíanme que eu tambem fique aquí para
fazer-lhe companhia. A proposito, caro se
nhor, quanto lhe devo pelo seu trabalho ?
— Em dinheiro, nada — disse Silver. —
Na realidade não fiz gasto algum, e o que
fiz só me deu grande prazer.
Brian agarrou nas mãos do esculptor è
sacudiu-as, mas isso não era bastante, park
um francez provar a sua gratidão. Segurou-O
pelos hombros, e beijou-o primeiro n’uma
¡face e depois na outra. j
O manequim deixou escapar uma sonora
gargalhada. i;
* * I
Já vamos saber o que se tinha passado.
Silver tinha escripto ao photographo que ttr
nha tirado o retrato
d’ellá, e que teve k
sorte de encontrar, e
d’esta maneira poz-sé
«m comunicação coi,.
«Mary Smit/i». Escre
veu-lhe com toda a
eloquência de um es
pirito román ico, man
dando-lhe contar to-
díá a historia de Brian
de Vlallonet.
Ella respondeu-lhe
contando a sua pró
pria historia: uma tíá
rica a tinha adoptado,
levando-a para Was
hington. Não, não ti
nha casado. Prometteií
ir a Nova York para
posar alguns minutos,
como Silver lhe tinha
pedido. E ao assig-
nar não o fez mais
com o nome de Ma
ry Smith, mas sim
com o de Mary San-
derson. !
Irving Silver ficou
surpreso quando lhe
pediram para ser o
padrinho; não lhe pa
recia ser competente.
Mas depois de tudo,
era, afinai de contas,
a coisa mais naturai
o creador de mulheres de
de vida aquella figura.
do mundo.
A SÊDA ARTIFICIAL
Falleceu, ha pouco, em França, o conde de Char-
donnet, que foi o inventor da sêda artificial, desco
berta que, para a industria franceza, constituiu
assignalada victoria.
Tinha o velho fidalgo mais de oitenta annos de
edade.
Theoricamente, já a sêda artificial havia sido pre
parada, no XVIII século, pelo sabio Réaumur; mas
foi o conde de Chardonnet que a realizou pratica
mente, seguindo um methodo que acompanhava
muito de perto os processos da natureza no traba
lho do bicho da sêda.
Esse methodo consistia, segundo o inventor, em
manter uma solução de nitrocellulose numa mistura
de ether e de álcool, e leval-a para um liquido co
agulante em que o filamento podia ser estirado,
seccado e enrolado numa bobina, como um fio com
prido de sêda verdadeira.
J.