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PELO MUNDO...
PORTUGAL ARTISTICO, PITTORESCO E MONUMENTAL íí
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Da egreja de N. S. da Graça, hoje em
ruinas, e seu convento, transformado em
quartel, ha noticia na Chronica da antiquís
sima provincia de Portugal, da ordem dos
eremitas de Santo Agostinho, por freí An
tomo da Purificação.
Existia um mosteiro modesto e acanhado
que D. João III mandou augmentar, não
restando actualmente nenhum vestigio do pri-
rnodelo da renascença italiana, talvez único
em Portugal no seu genero, e pouco vulgar
na propna Italia. E’ na renascença de Ve
neza que se encontram exemplares mais pró
ximos. E parece que o estylo não agradou
porque, construindo-se muito, naquella época,
em Evora, não o repetiram nem imitaram].
Na Graça mesmo, no interior da capel!,,
mor, no tumulo do bispo D. Affonso de
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Egreja de N. S. da Graça — Evora.
joeiro edificio. Por isso se lê na frente da
greja: Conditum sub imperio Divi Joannis
s erilL P<atris Patriae, em grandes e forjno-
,° s caractéres que fazem lembrar os da Roma
imperial.
Começada em 1524 e (terminada em 1529,
do° accusa a construcção, embora datando
nb comc ǰ do reinado de D. João III, ne-
um vestigio do estylo manuelino!
co ^ rontes picio da Graça, todo de granito,
cuq 1 SUas co ^ umnas > trophéos e panoplias, es-
os > estatuas colossaes decorativas, é um
Portugal, admiravel obra de -arte executada
em fino alabastro, e ñas janéllas véem-se
primorosas cercaduras, frisos de delicado la
vor, primorosos medalhões com bustos em
relevo, trabalhos datados de 1537, que nada
têm com o vigoroso e apparatoso estylo do
frontespício; existindo apenas de commum en
tre a capella-mor. e a frointana os singulares
nichos oblaquos, especie de habilidade arclu-
tectonica, de muito trabalho e pouco ef-
feito.
As estatuas decorativas symbohzando os