Full text: 4.1925=Nr. 11 (1925000411)

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Dezembro de 1925 
PELO MUNDO... 
s muros de Humaytá; inda hoje julguei 
‘\escobrir-vos por entre os nevoeiros que des 
çam do cabeço dos montes, e ouVír a vossa 
¡? z ” as ventanias que atravessavam ,o na: 
Ja não achei flores na solidão da -morte 
Para tecer-vos uma ooróa; trago-vos um ro 
sario de lagrimas: guardae-o para enfeitar 
a vossa espada; porém, olhae — a banda 
y. ue vos cinge não é cadeia de escravos, é 
tlammula de homens livres. 
Ao nobre ministro da Fazenda: — Eu sou 
? tr ibuna, ou antes, o povo. Foi mos meus 
D raços, pelos vossos proprios esforços, que 
subistes ás altas posições do Estado. Mi 
nistro, deputado, senador, eu ainda quero ter 
jnãos para ba 
ter-vos palmas = 
ruidosas, ainda 
quero saudar- 
vos no cami 
nho triumphal. 
“tes Iembrae- 
v°s: a purpura 
no poder não 
tem mais preço 
do que os glo 
riosos padrões 
da vossa vida; 
não me roubeis 
0 direito de 
a c o m/ píaihhar-* 
vos, re-eindo 
® que já deveis 
ter lido: o re- 
ronhe i rento é 
a memoria do 
fração! 
_Ao nobre mi 
nistro da Jus- 
Dça: — Eu sou 
a democracia; 
no tempo em 
que, trabalha 
dor pertinaz e 
te'entoso, vos 
occultaveis np 
ir-oieso gabi 
nete de advo 
gado, eu es 
tava comvosco; 
quando infati 
gavelmente de 
tendrás na im- 
Prensa os al 
tes principios 
da liberdade, 
era ainda a in- 
Se paravel com 
panheira do 
Sa 
legado que me deixastes ? 
Ao nobre ministro da Marinha: — Depois 
da patria, eu sou quasi vossa segunda mãe; 
criei-vos em meus peitos, embalei-vos em 
meus braços; eu sou a heroina hercúlea 
de seios titânicos, essa que trazia do exilio 
as sombras dos desterrados para coroai-as 
de luz; os arminhos da fortuna não valem 
as verdes relvas onde brincastes creança. Lá 
vos espero de mãos postas para curvar 
me em nome da patria; lá, de joelhos, 
onde tantos bravos morreram, não me es- 
queçaes, eu sou a Bahia [ 
Senhores, reuni todas as recordações que 
vos são carals. E a soberania nacional que 
vos supplica, é 
~ - — a democracia 
que se dirige a 
uma camara de 
liberaes. O 
amor da liber 
dade deve ser. 
na phrase bí 
blica, invencí 
vel como é a 
morte; deve, 
ser grande co 
mo o universo 
que o contém 1 . 
Em nosso paiz, 
na pedra iso 
lada do valle, 
na arvore gi 
gante da mon 
tanha, no pín 
caro agreste da 
serrania, na 
terra, no céo e 
nas aguas, por 
toda a parte, 
Deus estampou 
o verbo eterno 
da liberdade 
creadora na 
face da natu 
reza, antes de 
gravai - o na 
consciencia do 
homem f 
José Bonifácio, 
( o moço. 
“A fuga para o Egypto", quadro de Murillo. 
0 OURO EM CAIXA 
DOS PMNCIPAES 
PAIZES 
Jornalista. Fostes para as alturas, e eu fiquei, 
^ão vos accuso; não vos fiz um' crime da 
as censão ao poder; toda a idéa antes de 
?ter acção é um apostolado, e neste paiz 
l 1 logar para todos! Pois bem, deixae tam- 
ooni hogar para mim í 
Ao nobre ministro do Imperio: — Eu sou 
a imprensa: combatemos juntos; segui vossos 
Passos; cobri de flôres vosso caminho; soli 
sta, ajudei-vos em vosso vôo rápido do 
teeu berço ás alturas do ministerio. Pois 
tew, guardae as vossas idéas, porque eu 
guardo vosso programtna. Se as es- 
quecesseis, a quem poderia restituir o 
Os Estados 
Unidos pos 
suem 4.482 milhões de dollars ; a Inglaterra, 
153.800.000 libras esterlinas; a França, 3.68:31 
milhões de francos; a Italia, 1.304 milhpes 
de liras; a Allemanha, 700 milhões de 
marcos. 
* * * 
O maior charuto do mundo foi offere- 
cido por uma casa de fumo americana a 
um político do seu paiz. Tinha 28 polle- 
gadas de comprimento e pesava 5 libras. 
* * * 
Obras são fructos; palavras são folhas, 
mas palavras e obras são bons companheiros.
	        
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