PELO MUNDO..
Maio de 1928
PARA CONSERVAÇA0 DAS ESPECIES
A França tomou agora certa metida que
deveria ser imitada pelo nosso governo, em
relação 'ás nossias antas e capivarap e a
toda a prodigiosa fauna volátil do Brasil...
Trata-se do estabelecimento de um parque
nacional francez nos mares •austraes. O de
creto foi suggerido pelo mi
nistro das Colonias , e te ve o
intuito de preservar de pró
xima e inevitável destruição
certas especies de animaes que,
combatidas em toda parte pelo,
homem com fins de explora
ção comniercial, têm séu uL
timo refugio e n algumas ilhas
dos mares austrae;, pertencen
tes á França.
O Congresso Internacional
da Natureza, dos Sitios e dos
Monumentos Naturaes, reunido
em 1923, exprimiu o voto de
que o governo francez regu
lamentasse nos seus dominios
de ultramar, a caça de deter
minados mammiferos marinhos
e aves aquaticas em vias de
extincção total naquellas re
giões, propondo ainda, para
evitar a destruição de alguns
desses animaes pertencentes a
especies mais raras, de erigir
essas terras' loijginquas em p,arque nacional
antárctico francez.
O decreto a que aquí nos referimos con
sagra esse voto e estabelece o parque —
onde é absolutamente prohibido matar qual
quer animal — nos seguintes pélagos e ilhas
austraes:
1.0 Archipeiago de Crozet, todo elle, in
clusive as ilhas da Posse, do Porco e de
Oeste;
2.0 As ilhas S. Paulo e Amsíterdam, in
teiras ;
3.0 As ilhas Howe, Mac-Murdo e Briant,
ao norte do archipeiago Kerzuelen.
Em todas essas ilhas, habitadas exclusiva
mente algumas dellas por aves 1 e mammiferos
marinhos, e, onde o homem só appanecia
para devastar, fica d’ora avante interdicto
caçar, sob pena de prisão com trabalho por
seis mezesi ou, em caso de reincidencia, por
um anno...
Os animaes assim protegidos são, sobre
tudo, os otarios, as phocas, e piáis os de
pilantes, os ursos e os leopardos marinhos..
Quanto ás aves, reproduzir-se-ão, a partir
de agora, em perfeita segurança, em taes
paragens, os pinguins e os gorfuzes, sendo
que, destes últimos, não existem hoje senão
algumas centenas, as ultimas da e S pecie...
A CASA DE HUGO EM GUERNESEY
Sabe-se que os herdeiros de Víctor Hugo
offereceram á municipalidade de paris a casa
onde o grande romancista vi
veu, e.n Guernesey, durante
15 annos de sua accidentada
existencia.
Esisa casa é um pequenino
museu de arte que Víctor
Hugo organizou com uma pa
ciencia benedictina e um ca
rinho extraordinario. Com o
dinheiro das Contemplações,
o mestre adquiriu-a, passando,
então, a consagrar-se ao seu
aformosteamento com toda a
sua alma de estheta.
Quando elle comprou a
Hauteville-Hou\se, conta Mau-
rice Simart, ella não era se
não paredes. «Durante ainnos,
guiado pelo seu gosto pelas
velhas coisas, pelo seu amor
do medieval, esgaravata a ve
lha ilha normanda, levando
para o domicilio obras de marcenaria, cobre
e marfim, pagando seis francos por um co-
fresinho lavrado, cinco francos por uma arca
•pintada, 96 francos por um tapete turco...»
Ao fim de certo tempo a casa de Victcr Hugo
estava um mimo, a casa, como foi chamada,
Isevera e dôce dos d : as sombrios do exilio...
ART* INGL
Shakespeare na córte de Isabel.
Um novo carro do Principe de Galles: um Rolls-Royce elegan
tíssimo com um tríplice systhema de guarnição de vidros.