A FORÇA E A GRACA
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. . A FESTA DA GLORIA
Ass, m se chamou a . so.rée . dada no palacio do Trocadéro, em París, aos feridos em convalescença
nos hospitaes da capital. v
A força e a graça: duas virtudes que só os latinos conseguem reunir e entre os
atinos, os que mais frequentemente o conseguem são indiscutivelmente os Francezes
Um conhecdo publicistai francez dá, no artigo a seguir, uma impressão do discurso
do Sr. Viviam, chefe do Governo francez, pronunciado durante uma festa que se realizou
hospitees d e e r °Pa°rif mZ ^ Vert ' r 6 reconfortar os fer!dos em tratamento nos
oi uma nobre e tocante manifestação. A
sala do Trocadéro estava cheia. Tres mil
feridos allí estavam sob as vistas mater
nas das enfermeiras, contentes na pers
pectiva do prazer que elles iam experi
mentar. E’ preciso dar-se, de vez em
quando, uma hora de repouso aos bra-
Ihes • V0S ' mais i,lustres artistas de París
tes f ,. aziam bellos cantos e bellos versos. Mas, an-
vra e 3 , lhes 0 Presidente do Conselho ; sua pala-
os di Xaltando a bravura passada e a coragem para
Poétas S n n o 0Ur °- S ’- P re P arou ' os a ouvir a voz dos
calor U Sr ‘ Viviani ® muito eloquente. Tem o
dor a ° rythmo > duas qualidades máximas do ora-
c °rria A e , moça ° 1 ue ,° empolgava e o frémito que
Rrana , a assem bléa, elevaram-no a rasgos de
Ach 6 ° quencia -
^ento ° U P a ^ avras Profundas para exprimir os senti
da p ra S que transbordavam da sua alma. Em nome
Uto dp nça ’ ^Içbrou a energia, a resistencia, o espi-
s °tdad Sacddcdo e de solidariedade fratemaes dos
tez tim°h ca ^’ dos enfrentando o inimigo. Sobretudo,
borrem re e ^°^ ar os beroes desconhecidos que
í E SSes sei | n recompensa e, entretanto, sem pezar.
’ exc lamava elle, não contam receber o salario
que a fama avara concede tão tarde á memoria dos
desapparecidos. Elles sabem que o pedestal de mar-
more, não e senão para raros privilegiados. Sabem
que a gloria não ¡Iluminará com seus raios cada uní
d elles em particular. Sabem, que os seus sacrificios
nrarao anonymos e que a sua morte será ignorada».
Que cousa os sustenta na dura provação ? Um su
blime pensamento, que o Sr. Viviani analysou em
termos delicados e fortes. «Elles sabem, tambem que
a vida não e o bem supremo, que o bem supremo
para o homem e a honra e para um povo a inde
pendencia. Sabem que, por elles, a patria reunirá os
seus tilhos no territorio augmentado. E vão radian
tes os olhos erguidos para a visão do seu sonho».
i empestades de applausos saudaram essas phra-
zes enthusiasticas e provaram que seu sentido tinha
sido comprehendido.
Descreveu bem, com effeito, o estado d’alma dos
homens que, desde perto de um anno, executam
um labor sobrehumano e rehabilitam o seu paiz tão
calumniado. Soffrem e alegram-se por offerecer esse
seu soffnmento. A fé que julgaram extincta, reani-
ma-se nelles e os inflamma. Julgavam-se mal e
faziam com que fossem mal julgados. Como censu
rar aos Allemâes o não lhes fazerem justiça, pois se