SELECTA
pos, tresv r airada, bradando por suppostos
vassailos que lhe houvessem fugido. Ao
amanhecer, entrava nas aldeias, fallando
uma linguagem que ninguém antes ouvira.
Dizia ser rainha em Thule, e andar bus
cando o esposo que se perdera na montaria.
O seu rei devia estar perto, que se ouviam
d’alli fanfarras de caça, e pudera seguir no
ar os falcões dos seus pagens.
Mas vae que os pastores vendo-a tão
bella, cahidas as tranças nos hombros, cho
ravam-lhe o juizo perdido.
Iam acordando os bosques ao echo das
suas queixas amorosas, e por valles, monta
nhas, promontorios e rochedos, seguiam-n’a |
devagar as ovelhas brancas, extenuadas mas
fieis, na esperança de, com a ternura dos]
seus balidos, arrancarem esse pobre espirito I
ás phantasmagorias do encantamento. Emj
balde porém vão ellas seguindo a pobre I
louca! Que se o rei de Thule atirou ao mar I
a taça, do varandim rendilhado, foi parai
que ninguém mais, bebendo por ella, viesse I
a conhecer os segredos d’aquelle amôr del
bailada, feito de suspiros e raios de lúa, r
perfumes de larangeira, e baques de coração j
espesinhado.
Fialho d’Almeida
A MAGIA IDEAL
O theaíro que nós sonhamos é um singular
theatro. Vagalumes fazem ás vezes de lampadas;
um escaravelho batendo o compasso com suas
antenas, está no estrado; o grillo faz parte da
orchestra ; o rouxinol é primeira flauta; pequenos
sylphos, sahindo das flores de ervilha, seguram os
rabecões de casca de laranja entre as suas lindas
pernas mais brancas que o marfim e passam bra-
ceiamk -- -
ICLASSIC I
de uma torre. Cidades cheias de pyramides, deI
campanarios, de zimborios, de arcadas e de ram-l
pas são dispostas sobre as collinas e miram-se nosl
lagos de crystal; grandes arvores de folhas largí s >|
caprichosamente recortadas pela tesoura das f ? -'l
das, cobrem profundamente os troncos e os galhqsl
para servirem de bastidores; as nuvens do ceol
amontoam-se sobre as suas cabeças como flocosi
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