Full text: 1.1915,17.Nov.=Nr. 25 (1915000125)

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ALSVSOQO E JANTAR 
Peixe k Bortílão 
Parte-se qualquer peixe e guisa-se; 
põe-se n’um prato fino que possa ir ao 
forno, cobre-se com uma camada de 
hervas já feitas, mas sem farinha, ou 
então com couve-flôr ou espargos co 
sidos. 
Sobre isto, deita-se jiurée de batatas, 
e vae ao forno. 
Pepinos Recfieaòos 
Descascam-se os pepinos, tendo o cui 
dado de se lhes tirar a casca muito fina; 
depois cortam-se-lhes as extremidades e 
limpam-se com uma faca todas as pevides, 
de fórma a ficar como um tubo, escal 
da-se em agua a ferver e enche-se de 
picado de vitella ou qualquer outro; 
parte-se em rodellas grossas, e colloca- 
se n’um prato proprio para ir ao forno, 
bem untado de manteiga, e, depois de 
assim collocados, deita-se-lhes pão ralado 
e queijo parmesão também ralado, met- 
tem-se no forno, e, ficando louras, ti 
ram-se da lata e servem-se quentes. 
Pailas k Braga 
500 grammas de assucar em calda 
grossa, 250 grammas de coco ou de 
amêndoas raladas eleva-se ao fogo para 
dar uma fervura, depois ajunta-se 20 
gemmas de ovos e 2 chicaras de doce 
de cidra ralado. Vae ao fogo para en 
durecer; depois, deixa-se esfriar. Os ta- 
boleiros são untados com manteiga e pol 
vilhados para estender-se o doce e levar 
se ao forno para assar. Depois de as 
sado, tira-se e põe-se-lhe assucar com 
canella. 
$opa (Doscowifa 
Passa-se uma boa beterrava cosida 
na peneira, desmancha-se essa massa 
com um bom copo de nata um pouco 
azeda. Mistura-se um litro e meio ou 
dous litros de caldo de carne fervendo. 
Mexe-se durante um minuto ou dous 
sem deixar levantar de novo a fervura. 
Serve-se com pão torrado. 
K1ü$Hí$ k Carne 
Faz-se um picadinho com carne de 
porco, miolo de pão embebido em vinho, 
um pouco de sueco de limão, sal e pi 
menta. Faz-se umas almodegas um 
pouco chatas que se passa em pão ra 
lado e se fregem. 
Salada Japonesa 
£’ a famosa salada japoneza de 
* Francillon » de Alexandre Dumas : 
6 batatas cosidas cortadas em rode 
las ; dous centros de alcachofras cosidas 
cortadas em pedaços; um molho de es 
pargos frescos cosidos, dos quaes se 
tira só as cabeças; metade de um pé de 
aipo, cosido, cortado em pedaços ; al 
guns talos tenros; 18 ostras escaldadas; 
meio kilo de mariscos cosidos ; 125 
grammas dechampignons cortados; 50 
grammas de trufas cortadas em rodelas; 
dezoito camarões cosidos; um ramo de 
salsa picada; meio litro de molho de 
mayonnaise. Mistura-se todos esses in 
gredientes bem no molho de mayonnaise., 
enfeita-se a salada com rodelas de tru 
fas, de "batatas e cabeças de espargos 
que se reservaram para esse fim. En- 
feita-se depois de se ter deixado a sa 
lada ficar durante uma hora n’uma 
salmoura composta de: 
1 colher e meia de vinagre, 4 colhe 
res de azeite, meio copo de vinho 
branco, sal e pimenta. 
Puòòing k Ca$lanha$ 
Cose-se e descasca-se 1 kilo de cas 
tanhas ; passa-se para fazer uma massa. 
Vae ao fogo, accrescentando-se 2 chi 
caras de leite e nata, mexendo-se ; uma 
vagem de baunilha, 200 grammas de 
assucar, 10 amêndoas amargas peladas 
e cortadas em pedacinhos e 10 gem 
mas de ovos. Não se deve deixar fer 
ver. Accrescenta-se, em ultimo lugar, 
fóra do fogo, as claras bem batidas. E 
depois de ter tirado fóra a baunilha, 
enche-se com essa massa dous terços de 
uma fôrma cylindrica bem untada de 
manteiga ou de caramel. Cobre-se com 
uma rodela de papel untado de man 
teiga. Deixa-se coser ao fomo durante 
uma hora e meia, ou em banho-maria 
durante duas horas. Tira-se da fôrma. 
Serve-se com calda de assucar quente, 
aromatisada com kirsch, rhum ou ma- 
rasquino. Deita-se rhum em cima do 
pudding e accende-se como se faz com 
a omeleta. 
¿4. FALTA I>JE CHUVAS 
Não chove bastante, é a queixa geral 
sobretudo n’estes últimos annos. 
A falta de chuva é tão grande que 
se quebra a cabeça para descobrir um 
meio de provocal-a. 
A questão de saber-se si é possivel 
provocar-se a quéda da chuva não é 
nova; mas voltou á baila com as recen 
tes experiencias feitas na Nova-Zelandia. 
Já desde tempos antigos se verificou 
que com tiros de canhão se podia per 
suadir Jove Pluvio a derramar a chuva 
sobre os mortaes. A historia das gran 
des batalhas provou que a idéa não é 
de todo sem fundamento. Uma hora 
depois do bombardeio de Criméa em 
1854, o cèo escureceu subitamente e 
começou uma chuvinha que logo se tor 
nou chuva torrencial. Algum tempo 
depois, travava-se a batalha de Inker- 
mann e davam-se os mesmos phenome- 
nos. Encontram-se muitos exemplos 
d’esse facto. 
Na primeira batalha em que foi usada 
a artilharia, na de Crécy, uma grande 
trovoada com relâmpagos e trovões de 
sabou sobre o campo dos combatentes. 
Em Montebello, Varesa, Palestro, Ma 
genta e Solferino, depois da batalha 
houve trovoada e chuva. Porque chove 
mais no Natal, na Paschoa e Pente 
costes ? Porque — dizia Le Maout, que 
sustentava a theoria da relação entre 
o estrondo e a chuva-—porque os sinos 
são mais repicados. E elle descobriu 
também que chove mais onde ha arse- 
naes e officinas ruidosas. 
As experiencias feitas no Texas 
(1891) provaram que quando ameaçava 
máo tempo, fazendo-se explodir balões 
no ar, podia-se provocar a condensação 
da chuva. 
E agora nos vem a relação das ulti 
mas experiencias feitas em Nova-Zelan- 
dia. A secca era absoluta, os campos 
estavam despidos, a forragem insufii- 
ciente. No céo passavam nuvens densas 
e negras levando para longe a benéfica 
chuva... Como as fazer parar e se dis 
solverem ? 
Fazem uma subscripção para as des- 
pezas das experiencias. 
Em tres colimas, ao passo que as 
nuvens corriam por cima, fizeram explo 
dir, com intervallo de 1 5 minutos, 25 
libras de polvora e de dynamite, duas 
vezes, e depois, 60 libras de uma mis 
tura. A’ distancia, cahe um aguaceiro. A 
experiencia foi renovada e choveu an 
tes e durante as explosões. 
N’uma terceira experiencia, choveu 
durante algumas horas n’uma superfi 
cie de milhares de kilometros.
	        
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