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ALSVSOQO E JANTAR
Peixe k Bortílão
Parte-se qualquer peixe e guisa-se;
põe-se n’um prato fino que possa ir ao
forno, cobre-se com uma camada de
hervas já feitas, mas sem farinha, ou
então com couve-flôr ou espargos co
sidos.
Sobre isto, deita-se jiurée de batatas,
e vae ao forno.
Pepinos Recfieaòos
Descascam-se os pepinos, tendo o cui
dado de se lhes tirar a casca muito fina;
depois cortam-se-lhes as extremidades e
limpam-se com uma faca todas as pevides,
de fórma a ficar como um tubo, escal
da-se em agua a ferver e enche-se de
picado de vitella ou qualquer outro;
parte-se em rodellas grossas, e colloca-
se n’um prato proprio para ir ao forno,
bem untado de manteiga, e, depois de
assim collocados, deita-se-lhes pão ralado
e queijo parmesão também ralado, met-
tem-se no forno, e, ficando louras, ti
ram-se da lata e servem-se quentes.
Pailas k Braga
500 grammas de assucar em calda
grossa, 250 grammas de coco ou de
amêndoas raladas eleva-se ao fogo para
dar uma fervura, depois ajunta-se 20
gemmas de ovos e 2 chicaras de doce
de cidra ralado. Vae ao fogo para en
durecer; depois, deixa-se esfriar. Os ta-
boleiros são untados com manteiga e pol
vilhados para estender-se o doce e levar
se ao forno para assar. Depois de as
sado, tira-se e põe-se-lhe assucar com
canella.
$opa (Doscowifa
Passa-se uma boa beterrava cosida
na peneira, desmancha-se essa massa
com um bom copo de nata um pouco
azeda. Mistura-se um litro e meio ou
dous litros de caldo de carne fervendo.
Mexe-se durante um minuto ou dous
sem deixar levantar de novo a fervura.
Serve-se com pão torrado.
K1ü$Hí$ k Carne
Faz-se um picadinho com carne de
porco, miolo de pão embebido em vinho,
um pouco de sueco de limão, sal e pi
menta. Faz-se umas almodegas um
pouco chatas que se passa em pão ra
lado e se fregem.
Salada Japonesa
£’ a famosa salada japoneza de
* Francillon » de Alexandre Dumas :
6 batatas cosidas cortadas em rode
las ; dous centros de alcachofras cosidas
cortadas em pedaços; um molho de es
pargos frescos cosidos, dos quaes se
tira só as cabeças; metade de um pé de
aipo, cosido, cortado em pedaços ; al
guns talos tenros; 18 ostras escaldadas;
meio kilo de mariscos cosidos ; 125
grammas dechampignons cortados; 50
grammas de trufas cortadas em rodelas;
dezoito camarões cosidos; um ramo de
salsa picada; meio litro de molho de
mayonnaise. Mistura-se todos esses in
gredientes bem no molho de mayonnaise.,
enfeita-se a salada com rodelas de tru
fas, de "batatas e cabeças de espargos
que se reservaram para esse fim. En-
feita-se depois de se ter deixado a sa
lada ficar durante uma hora n’uma
salmoura composta de:
1 colher e meia de vinagre, 4 colhe
res de azeite, meio copo de vinho
branco, sal e pimenta.
Puòòing k Ca$lanha$
Cose-se e descasca-se 1 kilo de cas
tanhas ; passa-se para fazer uma massa.
Vae ao fogo, accrescentando-se 2 chi
caras de leite e nata, mexendo-se ; uma
vagem de baunilha, 200 grammas de
assucar, 10 amêndoas amargas peladas
e cortadas em pedacinhos e 10 gem
mas de ovos. Não se deve deixar fer
ver. Accrescenta-se, em ultimo lugar,
fóra do fogo, as claras bem batidas. E
depois de ter tirado fóra a baunilha,
enche-se com essa massa dous terços de
uma fôrma cylindrica bem untada de
manteiga ou de caramel. Cobre-se com
uma rodela de papel untado de man
teiga. Deixa-se coser ao fomo durante
uma hora e meia, ou em banho-maria
durante duas horas. Tira-se da fôrma.
Serve-se com calda de assucar quente,
aromatisada com kirsch, rhum ou ma-
rasquino. Deita-se rhum em cima do
pudding e accende-se como se faz com
a omeleta.
¿4. FALTA I>JE CHUVAS
Não chove bastante, é a queixa geral
sobretudo n’estes últimos annos.
A falta de chuva é tão grande que
se quebra a cabeça para descobrir um
meio de provocal-a.
A questão de saber-se si é possivel
provocar-se a quéda da chuva não é
nova; mas voltou á baila com as recen
tes experiencias feitas na Nova-Zelandia.
Já desde tempos antigos se verificou
que com tiros de canhão se podia per
suadir Jove Pluvio a derramar a chuva
sobre os mortaes. A historia das gran
des batalhas provou que a idéa não é
de todo sem fundamento. Uma hora
depois do bombardeio de Criméa em
1854, o cèo escureceu subitamente e
começou uma chuvinha que logo se tor
nou chuva torrencial. Algum tempo
depois, travava-se a batalha de Inker-
mann e davam-se os mesmos phenome-
nos. Encontram-se muitos exemplos
d’esse facto.
Na primeira batalha em que foi usada
a artilharia, na de Crécy, uma grande
trovoada com relâmpagos e trovões de
sabou sobre o campo dos combatentes.
Em Montebello, Varesa, Palestro, Ma
genta e Solferino, depois da batalha
houve trovoada e chuva. Porque chove
mais no Natal, na Paschoa e Pente
costes ? Porque — dizia Le Maout, que
sustentava a theoria da relação entre
o estrondo e a chuva-—porque os sinos
são mais repicados. E elle descobriu
também que chove mais onde ha arse-
naes e officinas ruidosas.
As experiencias feitas no Texas
(1891) provaram que quando ameaçava
máo tempo, fazendo-se explodir balões
no ar, podia-se provocar a condensação
da chuva.
E agora nos vem a relação das ulti
mas experiencias feitas em Nova-Zelan-
dia. A secca era absoluta, os campos
estavam despidos, a forragem insufii-
ciente. No céo passavam nuvens densas
e negras levando para longe a benéfica
chuva... Como as fazer parar e se dis
solverem ?
Fazem uma subscripção para as des-
pezas das experiencias.
Em tres colimas, ao passo que as
nuvens corriam por cima, fizeram explo
dir, com intervallo de 1 5 minutos, 25
libras de polvora e de dynamite, duas
vezes, e depois, 60 libras de uma mis
tura. A’ distancia, cahe um aguaceiro. A
experiencia foi renovada e choveu an
tes e durante as explosões.
N’uma terceira experiencia, choveu
durante algumas horas n’uma superfi
cie de milhares de kilometros.